MV5BNDcyNzUxNTQtMWM2OC00ZWVjLTgzMTUtNmU1ZDk0NDg2NmJlXkEyXkFqcGdeQXVyNTQ4ODA2NzQ@._V1_Tomb Raider: Lançado em 1996, impressiona em vários aspectos, seja pelos gráficos detalhados como pela jogabilidade profunda e complexa e pela atmosfera densa de isolação, aventura e maravilhamento. Muito inspirado no clássico sidescroller 2D Prince of Persia, ele é um dos grandes jogos dos primórdios do 3D, sendo assim um dos jogos mais influentes de todos os tempos. Sua influência pode ser vista até hoje em dia, com muitos dos jogos atuais tendo mecânicas similares de parkour. Tomb Raider era um jogo de ação, mas uma ação deliberada e inteligente, algo bastante sofisticado, com seus imensos labirintos 3D que misturam exploração e resolução de puzzles, sendo que as próprias locações eram imensos e intrincados quebra-cabeças a serem solucionados. A jogabilidade é a chamada “tanque”, e me surpreende que funciona tão bem em um jogo mais voltado à ação, como é o caso de TR. O jogador tem a sua disposição uma ampla gama de movimentos para executar com precisão. Caso ele erre, é culpa apenas de si mesmo, pois cada pressionar de tecla corresponde a uma ação imediata e previsível da personagem Lara Croft na tela. E falando nela, Lara Croft se tornou um ícone no mundo dos jogos, e tudo começou aqui. Nesse jogo ela é um pouco menos agressiva, mais introvertida, mas a personalidade já está ali. Lara é uma personagem interessante, viciada em adrenalina, excessivamente autoconfiante e egocêntrica, mas com o coração no lugar certo. Infelizmente, o marketing dado ao jogo não fez jus à personagem, focando em quão sexy ela é, algo que definitivamente não acontece nos jogos em si.

Unfinished Business: Expansão de TR1 lançada para os PCs após o lançamento do primeiro jogo. Usa as memas texturas do jogo base e tem designs de fases excelentes e muito especiais.

Tomb-Raider-II-screenshot-tomb-raider-34010021-800-600Tomb Raider II: Este jogo não adiciona muitas novidades na jogabilidade principal, mas expande bastante o esperado de um jogo da franquia, com a inclusão de cenários mais urbanos e veículos a serem controlados. Lara começa a se ‘flanderizar’ aqui, com uma personalidade mais agressiva. Os movimentos novos são escalar escadas de mão e mudar a direção da Lara com rolagem no meio de um salto. A personagem agora também conta com foguetes que podem ser acesos para iluminar cantos escuros. E ela também tem outras vestimentas dependendo da fase em que se está.

tomb-raider-3-adventures-of-lara-croft_3Tomb Raider III: Na sua terceira iteração, as mudanças foram bem mais acentuadas do que no jogo anterior. Primeiramente, os cenários são muito mais extensos, gigantescos labirintos interconectados, é como se fossem uma versão exagerada das fases dos jogos anteriores. Os movimentos novos são correr, engatinhar e andar dependurada em certos lugares. Esses movimentos novos adicionam bastante à exploração, já que agora o teto e buracos nas paredes também são algo que se tem que procurar para poder prosseguir. Obviamente, veículos diferentes estão presentes no jogo, assim como roupas diferentes que Lara usa em determinadas locações. É meu jogo favorito da série.

The Lost Artifact: Expansão de TR3 lançada nos PCs (que não necessitava do jogo-base para funcionar). As fases são completamente novas e boas, porém um pouco simplistas.

tr4-alexandraTomb Raider IV The Last Revelation: Apesar do cansaço dos produtores da Core Design, o quarto jogo tentou uma volta às origens e dar um novo vigor à franquia (apesar de também ter sido uma tentativa de matá-la). Os gráficos ficaram muito melhores, talvez por que ele também tenha sido feito para ser lançado no Dreamcast, um console considerado da próxima geração. Mas mesmo no Playstation, os gráficos estão bem melhores, sem dúvida devido a um maior domínio da engine em que eram feitos os Tomb Raider clássicos por parte dos desenvolvedores. Os cenários são enormes em escala, não apenas em complexidade. O jogo também tem um foco maior na história, com mais cenas que os anteriores. Os movimentos novos são escalar e se balançar em cordas (bastante irritante) e postes e, quando se movimentando agarrada a uma aresta, passar por um canto e mudar de parede. No menu, agora se pode combinar e separar certos itens, e há um foco maior em quebra-cabeças propriamente ditos (e não os cenários como quebra-cabeças). O jogo se passa inteiramente no Egito e, apesar disso, é incrível a variedade que conseguiram colocar no jogo. Ainda assim, há um pouco de cansaço do tema. Por falar nos cenários, agora eles são hubs com várias áreas interconectadas e é possível voltar a uma anterior. Também é possível avançar sem ter algum item necessário para se terminar o jogo, o que é uma falha terrível de design do jogo. Fora a repetitividade temática e a possibilidade de ficar travado, o jogo é excelente. O jogo ainda teve uma fase extra para PC chamada The Times lançada em parceria com o jornal de mesmo nome.

Tomb-Raider-ChroniclesTomb Raider Chronicles: É sem dúvidas a ovelha negra da franquia. Não apenas é um jogo curto, mas as fases não tem a complexidade de nenhum jogo anterior ou posterior da série clássica. Além disso, os novos movimentos, andar em cordas e se balançar em barras horizontais, não adicionam nada ao jogo. Andar em cordas em si é bastante tedioso. Outra habilidade, ainda que subutilizada, é um gancho que Lara pode prender em determinados lugares, fazendo uma corda em que ela pode se balançar. Apesar das falhas, é talvez o jogo que tem as melhores cenas de toda a franquia, mostrando bem toda a forte personalidade de sua protagonista. Há também uma boa variedade de locações e situações. Nenhuma de suas qualidades, entretanto, é suficiente para se esquecer os problemas. E ainda por cima a última fase é bastante bugada. Junto a Chronicles, foi lançado também o Tomb Raider Level Editor – TRLE -, uma ferramenta para PCs que permite a qualquer um fazer fases e jogos usando a mesma engine de TR4 e TRC! E até hoje fãs lançam suas fases e jogos feitos usando essa ferramente.

Download Tomb Raider 6 The Angel of Darkness pc game (2)Tomb Raider: Angel of Darkness: Depois de um desenvolvimento conturbado, finalmente saiu o primeiro Tomb Raider feito do zero para a próxima geração, o Playstation 2. E acabou sendo uma bagunça inacabada, mas que ainda assim mostrou potencial. É difícil saber o que dizer desse jogo. Acho importante dizer que em muitos aspectos difere bastante de tudo que veio anteriormente. Primeiramente por ter um foco muito maior em sua trama, bem mais até do que o TRIV. Outro fator que o diferencia dos predecessores é se passar majoritariamente em cenários urbanos. Mas as diferenças vão muito além e alcançam a jogabilidade do título, com adições impensáveis como escolhas de diálogo e evolução das habilidades da personagem. Mas tudo mal feito, as opções de diálogo não tem impacto e a evolução de habilidades é arbitrária e até um pouco ridícula, sendo em detrimento do jogo ao invés de incrementá-lo. Mas nem só de diferenças vive esse sexto jogo, a jogabilidade ainda é ‘tanque’ e os cenários ainda apresentam os mesmos tipos de desafios. Mas mesmo isso é inferior, com jogabilidade imprecisa e cenários pequenos e simples. Não se sabe quanto dessas mudanças foram exigências dos executivos que queriam um jogo para as massas e quanto foi os próprios desenvolvedores querendo evoluir a franquia, mas acredito em uma mistura entre os dois. Ainda com todos esses problemas, eu diria que vale a pena, pois a direção de arte é fantástica e o jogo ainda sente TR. Só preciso mencionar que o jogo é cheio de bugs, mas ainda assim facilmente completável.

Outros a serem terminados: Ainda preciso terminar para poder comentar aqui a expansão The Golden Mask (TRII).

Depois desses, a Core Design teve mais uma chance com TR, e iam lançar para PSP um remake do primeiro TR em comemoração a seus dez anos, usando para isso a mesma engine que usaram em outro jogo que fizeram, chamado Free Running. Infelizmente a Eidos cancelou o projeto, o que acabou como consequência levando ao fim da Core, quando o jogo foi tirado das mãos de sua antiga desenvolvedora e passado à produtora Crystal Dynamics.

Por sua vez, a Crystal fez seu próprio jogo comemorativo que usou a engine de Tomb Raider Legend. E aqui um fato curioso: a franquia Prince of Persia, uma das criadoras do gênero puzzle platformer, do qual TR fazia parte, foi revivida com sucesso na era PS2, e claramente teve inspiração em Tomb Raider para suas  iterações em 3D. E a Crystal Dynamics se inspirou na trilogia Sands of Time de Prince of Persia para criar sua própria versão de Tomb Raider, a chamada trilogia LAU – Legends, Anniversary e Underworld. Os TR da Crystal são simplificações  do conceito de TR. Depois disso a Crystal fez um reboot da franquia, fazendo com que perdesse toda a sua identidade e passasse a focar em tiroteios e combates ao invés de saltos e quebra-cabeças. Foram feitos também jogos menores na série lateral nomeada Lara Croft. Nela estão os jogos isométricos Lara Croft and the Guardian of Light e Lara Croft and the Temple of Osiris e os jogos de celular Lara Croft Relic Run e Lara Croft GO. Esse último é um excelente jogo para smartphones.

Foram feitos também dois filmes live-action hollywoodianos com a Lara Croft clássica, sendo esta interpretada pela atriz Angelina Jolie. Ambos são interessantes, sendo que o primeiro é o melhor dos dois. E a não-Lara do reboot de 2013 foi interpretada pela atriz Alicia Vikander em um filme lançado recentemente baseado no citado reboot.

 

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Introdução

Shinji Mikami é o criador da série Resident Evil, o criador do primeiro jogo da série, e parte importante da mesma até o quarto jogo da série, quando ele saiu da Capcom, a empresa dona da franquia. Ele tem envolvimento em jogos de terror e também em jogos de extrema ação como Vanquish, por exemplo. The Evil Within é um jogo de terror lançado por ele que, desde seu anúncio, prometia resgatar o gênero survival horror, perdido nos games desde que Resident Evil se tornou um jogo de ação em RE4.

A minha experiência com o jogo começou com os trailers dele antes do lançamento. Minha expectativa era bem alta no começo, mas diminuiu bastante com os últimos trailers, por que lembrava muito Resident Evil 4, que pra mim não era uma coisa boa. Esse review conta qual é a minha percepção do jogo após ter jogado.

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História

A história do jogo é fraca. Mas mais do que fraca, o storytelling, a maneira de contar a história, também é ruim. É tudo muito espalhado pelos documentos e cenas, dificultando ligar os pontos e tornar tudo congruente. Jogo de terror, pra mim, assim como filme de terror, não precisa de história. Então isso não me incomodou nem um pouco. Além disso, eu fiquei curioso pra saber onde a trama iria, quais seriam os desdobramentos do que estava acontecendo, as respostas de algumas perguntas. O jogo conseguiu me engajar. Mas não por causa dos personagens. O Castellano não tem personalidade quase nenhuma e ele não tem um ponto de ligação conosco além do fato de o controlarmos. Quero dizer, ele simplesmente aceita o que está acontecendo com ele, sem questionar muito, desde o começo do jogo, ele parece não reagir ao mundo à volta dele. Um grande exemplo disso é a enfermeira Tatiana, que fica calma no meio disso tudo como se nada estivesse acontecendo e ele não questiona ela sobre isso, ela é para ele uma peça de decoração. Os personagens secundários, por sua vez, servem mais como plot devices em determinados momentos, sumindo quando são desnecessários, com muito pouco aprofundamento. Mas são raras as exceções de boa história em jogo de terror. Silent Hill tem uma trama simples e rasa, mas um storytelling excelente. Silent Hill 2 tem uma história efetivamente excelente. Todos os Resident Evil tem pouca história, recheada de clichés. Alone in the Dark 4, um dos meus favoritos e bem underrated, tem uma história interessante mas que é contada nos documentos, é história pregressa ou backstory, não é a trama que se desenrola no jogo. The Evil Within parece ter essa abordagem para a maior parte da sua história, mas os documentos não são tão aprofundados e interessantes quanto no AitD4.

Sobre o jogo em si, ele pra mim é o que Resident Evil 4 deveria ter sido. O que, de maneira nenhuma, significa que é um jogo atrasado no tempo. Ele existe como uma evolução do Resident Evil 4 e em contraposição a Resident Evil 5 e 6, portanto talvez não poderia existir sem esses jogos. Ou seja, não poderia existir em um momento anterior. Evil Within é, também, uma evolução mais natural do conceito do primeiro Resident Evil. Lá tinha armadilhas, embora fossem relegadas às cenas do jogo, e aqui fazem parte da jogabilidade. Lá tinham monstros e gerenciamento de inventário e munição , aqui também. Até as salas de save, aqui salas com espelho quebrado teletransportador, estão presentes, com música característica e tudo. Quando você ouve a musiquinha que significa que você está perto de uma dessas salas, você sente um alívio, assim como nos RE originais. (Aliás, essa ideia de ter um abrigo seguro para o qual você se teleporta é a mesma ideia do Silent Hill 4 The Room, só que infinitamente melhor executada aqui.) Outra coisa que parece ser uma evolução de conceitos apresentados pelo Mikami anteriormente é que o jogo tem aspectos sobrenaturais (que na verdade são alucinações), assim como na beta descartada hanged man de Resident Evil 4.

E já que falei que você sente um alívio ao se aproximar de uma dessas salas seguras, fica óbvio que o jogo gera tensão com sucesso. Talvez por ter como referência tantas obras de terror, que vão desde filmes japoneses como O Grito e O Chamado, passando por filmes de terror de assassinos aos jogos de terror psicológico como Silent Hill. Tem até um inimigo que é a evolução do famoso piramid head de Silent Hill 2! Em vários momentos eu me peguei abrindo as portas com calma ao invés de chutá-las, e andando com mais calma do que precisava, por puro medo. O jogo consegue te fazer se importar não através dos personagens, mas da jogabilidade, a qual ainda vou analisar. As mortes do personagem, que nem são tão violentas assim, eu às vezes me pegava desviando o olhar pra não ver. Eu tive realmente medo de morrer no jogo, e eu geralmente sou bem insensível a essas coisas, a morte se tornou uma punição (e não só por causa da tela de loading), me fazendo querendo jogar com mais cautela pra evitá-la. Claro, terror é algo completamente subjetivo. Eu mesmo, só senti medo em dois jogos, Silent Hill 1 e Alone in the Dark 4, que é uma seleção muito aleatória. Tensão deve ser algo tão subjetivo quanto. Eu não senti medo efetivo em Evil Within, mas me considero praticamente imune a isso e não sirvo de base para julgar se um jogo é assustador ou não. Também, nunca considerei Resident Evil, o jogo que é praticamente o predecessor desse, uma série de terror. Era mais de tensão, assim como esse The Evil Within. O uso da morte no jogo é excelente, te fazendo ter que tomar cuidado, por que existem coisas que causam morte instantânea no jogo. Mais do que isso, eu joguei no modo casual, que corresponde ao modo fácil do jogo, então provavelmente o jogo não me deixaria ficar sem munição. Mas mesmo assim eu senti o tempo todo que estava prestes a ficar sem munição e temi por esse momento. É assim que design inteligente funciona.

Para finalizar esse ponto, com tantas coisas o jogo poderia ter se tornado uma caricatura de terror (é assim que eu vejo o remake do 1º Resident Evil), mas isso nunca acontece.

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Jogabilidade

Uma das melhores jogabilidades que eu já vi. Simples assim. É complexa e profunda mas prática e fácil de usar, não é complicada. E as mecânicas são usadas no jogo de maneiras diferentes e interessantes, não tem nada subutilizado aqui. Inclusive, há que se mencionar que, a todo momento, o jogo te joga algo novo e diferente, você é constantemente surpreendido com novidades, nenhum confronto com inimigos é igual, por que o cenário oferece táticas e estratégias diferentes, por que um inimigo novo que se comporta de maneira diferente é apresentado, por que você mesmo evoluiu. A evolução das habilidades do personagem também é muito interessante, eu senti como se eu estivesse realmente customizando ele para meu estilo de jogar, algo que muitos jogos que tem customização falham. Você não tem pontos suficientes pra evoluir tudo, então tem que fazer escolhas, e você sente de verdade o impacto dessas escolhas quando joga. O level design, apesar de que poderia ser mais complexo e é a única coisa que é um passo atrás em relação aos Resident Evil originais, ainda assim é muito bom. É mais sobre vários ambientes fechados complexos do que sobre um grande ambiente explorável.

Inclusive esse é um dos problemas do jogo. Falta foco e coesão. Você pula de um capítulo para o outro, apresentando conteúdos completamente diferentes, sem nenhuma conexão. O jogo mistura tudo quanto é elemento de horror imaginável e isso tira um pouco da grandeza dele. Não que não seja original, achei o jogo extremamente original, recheado de ideias interessantes e criatividade. É muito conteúdo e quase nenhum excesso. O jogo consegue evitar tendências da indústria que tem sido forçadas em jogos mesmo quando não adicionam nada, como missões secundárias, mundo aberto e a ideia de que nada pode ser linear. É refrescante. Mais do que isso, é um jogo com jogabilidade de verdade, com muito poucas set scenes. Eu tenho que dizer, porém, que as cenas controláveis existentes não adicionam nada ao jogo e eu entendi o propósito de muito poucas delas. Claro que isso pode ser falha minha, incapacidade de compreensão, e talvez todo mundo mais tenha compreendido com facilidade. Do mesmo jeito que todo mundo mais, talvez, tenha entendido com facilidade a história. Mas só posso falar pela minha experiência.

Quanto à dificuldade, achei o jogo difícil. E isso no modo fácil. Talvez o jogo tenha que ser difícil pra gerar tensão, por que ele é difícil. Mas eu também achei ele balanceado. O jogo te dá opções pra sair das situações, mas te faz ter que usar as mecânicas dele e as mecânicas específicas dos cenários pra se sair bem dessas situações. Ele não é excessivamente fácil nem excessivamente difícil.

Agora falando em jogabilidade, preciso falar de algo mais que é incômodo. A câmera é muito próxima do personagem, o que incomoda, mas não é muito ruim. O que eu senti falta de verdade é uma opção de centralizar a câmera. Por que você pode correr pra longe de um inimigo sem problemas (e precisa), mas na hora de virar pra ele pra poder atirar perde muito tempo virando a câmera. Isso não seria um problema, se não houvessem alguns momentos mais cheios de ação mais pra frente no jogo, onde isso se torna um problema. Claro que se houvesse tal botão, o jogo todo teria que ser rebalanceado, por que ele é tão equilibrado como está. E não acredito que seja um problema com a câmera em si, e que mudar a câmera para outro modo, como sobre o ombro ou fixa atrás acima do personagem seja uma solução. Por que a câmera atual permite a você olhar em volta do cenário, e eu muitas vezes olhei em volta do cenário nervosamente me assegurando de que estava seguro, e a câmera atual facilita muito isso, o que encoraja que eu faça isso, e me torna paranoico. A câmera atual também ajuda no gameplay, já que você pode usar ela para analisar o cenário à sua volta, o que ajuda tanto na estratégia quanto na exploração e permite que cenários mais complexos sejam feitos, exigindo mais das habilidades do jogador.

tew_keyart_boxman_styleframe_01_980Aspectos técnicos

Achei os gráficos do jogo lindíssimos, realmente impressionantes em momentos. Talvez por que eu joguei ele no X-Box 360. Eu acho que os gráficos são mais bonitos pela direção de arte do que por aspectos técnicos, entretanto. O jogo é muito bonito, é um jogo de terror que se permite ser bonito, em que os cenários são esteticamente lindos. Não precisa ser tudo escuro e feio pra ser terror, como muitos outros antes de Evil Within também mostraram, mas muitos outros esqueceram. E apesar de ele ter sido lançado nas novas plataformas (X-Box One, PS4) com gráficos melhores, me parece ser mais um jogo de PS3/X360 do que XOne/PS4. Apesar de que, pelo que vi no youtube e em screenshots, o jogo está lindo nesses novos consoles também. A parte sonora também é muito bem executada, complementando tudo que o jogo propõe.

Conclusão

Um jogo muito bacana que, a meu ver, é essencial para quem é fã de survival horror ou de jogos de terror. Uma versão desse jogo sem os aspectos ‘sobrenaturais’ é o que Resident Evil deveria estar sendo. E eu também indicaria ele a qualquer gamer que queira um jogo de verdade, que não tira seu controle sem justificativa e nem te dá só uma ilusão de controle. Um design incrível que prova por que Shinji Mikami é tão adorado. Eu antes achava o Mikami superestimado, mas não mais. Só acho que o jogo deveria ter uma seqüência, pra poder consertar as pequenas falhas e se tornar realmente grande. Quantos jogos tem um primeiro jogo bom que não faz muito burburinho na indústria, apenas para serem elevados a um patamar de obra-prima com o segundo jogo? É o caminho que Evil Within deveria fazer, mas ainda não está fazendo, sabe-se lá por quê. O terror não é meu estilo de terror, simplesmente por ser tão exagerado. Eu não acho que é exagerado demais, só é um estilo diferente do que eu costumo gostar, pois pra terror prefiro algo mais minimalista. Mas ainda assim curti muito, por que é tão bem feito e não é de todo fora do meu gosto pessoal. A trama e os pontos em que ela toca é algo que praticamente só os japoneses (como o Mikami) conseguem fazer e fazer bem. O jogo tem uma alma dos clássicos jogos de terror japoneses. A própria mitologia é muito interessante e única e merece ser trabalhada em sequencias. É um jogo que simplesmente recomendo.

P.S.: Eu não joguei as expansões por DLC. E parece que The Assignment e The Consequence, duas das três expansões, adicionam detalhes importantes à trama. Eu não tenho como ter acesso a essas expansões, então não posso julgar a trama completa. Mas acho ridículo ter que comprar conteúdo adicional pra entender alguma coisa. Eu também acredito que mesmo as DLCs não serão suficientes pra entender tudo.

Black-Sails

Venho aqui hoje falar de uma série que tem me entretido muito e que me deixou extremamente surpreso com o fato de que não ouvi falar tanto sobre ela. E eu não entendo o por quê. Se ela tivesse tido o buzz que merecia, eu já tinha visto ela há muito mais tempo. Ela se parece bastante com Game of Thrones, apesar dos temas díspares e, em termos de qualidade, fica só um pouquinho atrás de GoT (mas ainda assim atrás). Aliás, falando em tema, não tenho nenhum interesse particular pelo tema piratas, não é do meu interesse. E, ainda assim, Black Sails me conquistou pela sua qualidade. Boa qualidade em uma história consegue deixar qualquer tema (muito) interessante. Talvez eu até me interesse mais pelo tema agora depois de ter visto BS.

A série é um prequel do livro A Ilha do Tesouro, clássico do escritor Robert Louis Stevenson. Na série, o capitão Flint e sua tripulação tentam saquear um galeão espanhol. Pelo menos, esse é o mote principal. É uma série sobre piratas, que mistura personagens fictícios e alguns personagens históricos, se passando na ilha de Nassau.

A produção da série é excelente, tanto em termos de valor de produção quanto de qualidade da mesma. A trama é altamente focada nos personagens, que se tornam mais e mais complexos e imprevisíveis no decorrer dos episódios, são certamente multifacetados. E os atores os interpretam muito bem, agregando emoção em todas as cenas. E um fator que eu adorei é que não há preparação, o primeiro episódio já mostra por que a série é tão boa. Ela já começa boa, e só vai melhorando.

Por falar na história que move esses personagens, é tudo tão interessante! Tem muita emoção, escolhas difíceis, traições, intriga e, muitas vezes, algo semelhante à intriga de corte presente em GoT. E eu sei que estou comparando com GoT mas é muito diferente. E o ritmo é muito mais ágil, acontece muita coisa em apenas um episódio, e sempre há vários detalhes interessantes.

Há cenas grandiosas de ação, luta e emoção, algumas dignas de cinema. O Starz está de parabéns por conseguir se equiparar visualmente à HBO. A trilha sonora também aumenta a tensão presente em vários momentos.

O único problema que tenho com a série é que às vezes a história se utiliza de algumas conveniências pra se forçar pra frente e colocar os personagens nas melhores posições em termo de conflito, e às vezes também é forçado o modo como as situações se resolvem pra poder mover em frente. Quer dizer, sempre há uma explicação, e sempre é uma boa explicação, o problema é que por mais racional que seja, há um lapso emocional que nos impede de ter a catarse que certos momentos deveriam proporcionar.

Não que não haja catarse, por que os personagens são do tipo ‘maior que a vida’, totalmente grandiosos e capazes de carregar a trama, tendo seus lados terríveis e cruéis e os lados bons também.

Por fim, não posso deixar de citar o quanto me deixa feliz a variedade de personagens presentes dos mais diferentes backgrounds. Eu gosto de, na ficção, ter personagens diferentes de mim, com pontos de vista diferentes e ângulos de visão diferentes. Esse é um dos motivos que me faz gostar tanto de GoT, lá tem anões, gays, deficientes, crianças, gordos, negros. As séries de TV se tornam muito mais interessantes com diferentes pontos de visão. Sense8 me atraiu muito por isso. Assim como How to Get Away with Murder com sua protagonista negra bissexual. Glee teria feito o mesmo por mim, se tivesse uma boa história, só a representatividade não basta. O mundo real é cheio de diferenças, e é muito válido ter essas diferenças também na ficção. Também adoro as mulheres fortes presentes em Black Sails.

É uma série que super indico. Afinal, é a série quintessencial sobre piratas.

Defendendo Babilônia

Publicado: 1 de abril de 2015 em TV Brasileira
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Eu senti que era necessário fazer essa postagem. Não apenas por achar essa uma novela de qualidade e o boicote a ela uma enorme babaquice. Mas principalmente por causa do que se esconde por trás dessa rejeição. Esse é um post muito mais sobre as pessoas do que sobre a novela em si.

Eu li muitas coisas hediondas sendo ditas, muita idiotice, inclusive vindo de pessoas que eu admiro. Isso, obviamente, me fez ver essas pessoas de maneira um pouco menos positiva. Não por que simplesmente eu não concordo com a visão de quem critica a novela. Mas por que só o que eu vejo é uma grande repetição de ideias, sem nenhum julgamento crítico por trás do que as pessoas dizem.

Só vejo as pessoas jogando palavras, às vezes sem se valer de um contexto que dê algum significado a elas, palavras como “incentivo” e “influência”. Eu não sei que tipo de poder essas pessoas acham que uma novela tem.

Criticam a novela por que ela tem muita violência e coisas ruins, bem todas as obras precisam tirar drama de algum lugar. Mas o mais importante nesse julgamento é a falta de uma racionalização. É como se as pessoas deliberadamente se recusassem a pensar, ou talvez tenham preguiça de fazer isso. Por que o “como” é mais importante, nesse caso, do que o “quê”. E a novela não mostra as coisas ruins como desejáveis e boas. São vilões que as cometem, vilões que são combatidos pelos mocinhos, vilões que pagarão pelo que fizerem. Portanto, a mensagem é positiva.

E ignoram, também, todas as campanhas sociais que as novelas sempre trazem.

Além do mais, a novela é inspirada na vida real, e essas coisas existem na vida real.

Mas, mais importante do que isso, a novela é para adultos. Sua classificação indicativa, geralmente, é de 12-14 anos para cima. Nessa idade, se supõe que as pessoas já saibam julgar certo e errado por si mesmas. O próprio fato de que as pessoas estão ficando contra a novela já indica que as pessoas estão julgando o conteúdo moral da própria, e não sendo influenciadas. Eu vejo nisso as pessoas tendo muito pouca confiança no julgamento alheio, como se só elas tivessem essa capacidade de distinguir entre certo e errado e as outras pessoas só consumissem passivamente TV, aceitando tudo que vêem, o certo E o errado. É claro, por esse ângulo, que existe certa condescendência nesse pensamento, como se a pessoa que critica a novela fosse melhor do que as outras. Eu mesmo estou sendo um pouco condescendente nesse texto, mas só por que as coisas que eu tenho lido justificam isso. Mais do que isso, enquanto os julgamentos dessas pessoas vem apenas de si mesmas, ou seja, do nada, o que eu digo vem de um processo de racionalização.

E a novela é boa, tem um texto excelente, cheio de bons personagens, boas tramas, tudo muito bem costurado, com bons ganchos, bom tudo. E não tem, de maneira nenhuma, conteúdo diferente de qualquer outra obra audiovisual. Só as novelas infantis podem se dar ao luxo de darem lição de moral, por que elas são feitas para crianças, pessoas ainda em desenvolvimento. Uma novela para adultos não pode fazer isso, por que seria subestimar a inteligência do telespectador. Game of Thrones, por exemplo, pra mim uma série perfeita, a melhor da atualidade. Por retratar um mundo baseado no nosso período medieval, é perceptível que todas as pessoas lá tem morais defasadas. Mas a série não fica se explicando sobre isso, por que ela é para adultos, e ela confia que saibamos julgar o que vemos. Por que deveríamos.

Mas eu me recuso a acreditar que as pessoas não tenham a capacidade de pensar nisso tudo. Prefiro acreditar que elas estejam escolhendo ignorar a parte sã e racional de seus cérebros.

Por um motivo. O beijo gay das duas senhorinhas fofas. Sim, outras novelas tiveram beijos gays, então eu acho que o problema agora é a influência dos evangélicos idiotas. E eu digo evangélicos idiotas como uma locução adjetiva – também existem aqueles que são apenas evangélicos. Eu mesmo tenho parentes evangélicos e eles são bastante racionais. Eu não entendo, mas parece que os evangélicos famosos e que automaticamente representam a classe são só os idiotas. Por que os evangélicos decentes não ficam famosos? Por que eles não se pronunciam contra os idiotas que mancham o nome de todo um grupo, os evangélicos idiotas que mancham o nome de toda a comunidade evangélica? Sim, por que se criou um estigma de homofobia em torno desse grupo, e isso não é, necessariamente, verdade. Eu até creio que a maioria não seja.

Não há problema nenhum em não aceitar alguma coisa. O problema está em ignorar e abandonar, deliberadamente, a razão.

E eu não acredito que as pessoas saibam o que estão dizendo quando criticam essa novela. E o que isso diz sobre o povo brasileiro? Um bando de ovelhas seguidoras sem a capacidade de pensar ou de julgar por si mesmas, e além de tudo um povo sem nenhuma humanidade? Sim, digo isso por li coisas grotescas por aí. Coisas que desumanizam o homossexual, como se ele não fosse mais um ser humano para a mente dessas pessoas.

E mesmo que eu saiba que ser gay é algo perfeitamente normal, não é por esse ângulo que eu vou abordar a questão. Por que eu apoio o direito dessas pessoas terem um pensamento diferente do meu (mesmo quando elas estão erradas). O que eu não apoio é o que está por trás disso. Essas pessoas não querem só pensar diferente, elas querem banir os gays da televisão. E isso eu não posso apoiar, por que isso é censura, e vai contra a liberdade de expressão.

Novelas são arte. É uma coisa estranha de dizer e não parece factível. Mas elas são artesanais, montadas pela criatividade dos escritores. Especialmente no Brasil, onde se notam estilos, que é uma das características de arte. Manoel Carlos, Gilberto Braga, cada autor brasileiro tem um estilo muito característico. E eu sou contra querer censurar, impedir, cercear os temas que os autores podem escrever. A novela pode ser um produto aberto, por que ela é mudada de acordo com a opinião da audiência. Mas, mesmo assim, autor e público escrevem a novela juntos. TODO o público.

E aqui entram os aspectos práticos, racionais, de que não se pode divorciar.

Os gays também vêem novela. Eles também são gente, e novela é um produto de massa, feito para todo mundo. E nós também queremos nos ver representados na ficção, do mesmo jeito que um hetero quer se ver representado. E querer impedir isso é a mesmíssima coisa de querer impedir que a TV mostre negros, ou chineses, ou anões, ou gordos. É a tentativa de invisibilizar um grupo. Como se as pessoas que querem impedir que os gays apareçam na TV fosse mais importantes do que as outras. Só a opinião delas importa. Só o que elas querem que seja mostrado na TV deve ser mostrado. A TV não é feita só para as maiorias, mas também para as minorias. Por que as minorias existem também. E só por que elas são minorias, não significa que não tenham o mesmo valor.

E mais do que isso, gays ainda sofrem violência por isso, ainda são mortos por isso. Então a TV tem não apenas o direito, como o dever de mostrar essas pessoas. Por que é o marginalizar, e o tornar invisível, que permitem e que são coniventes com a violência. E é claro que uma pessoa que é a favor desse tipo de violência contra outro ser humano só pode ser um psicopata. E, também, muitos pais rejeitam os filhos por serem gays, então a homofobia ainda acaba com algumas famílias. E a TV pode não ter a capacidade de influenciar as pessoas, mas ela tem a capacidade de visibilizar. Por que a impressão que se tem é de que só o que aparece na TV existe. E os gays existem. Não mostrar eles não vai fazer eles sumirem. A verdade e a crença não tem correlação. Não é só por que você quer um milhão de reais na sua conta, que esses um milhão vão existir.

Outro fator é a verossimilhança. A novela, como produto influenciado e inspirado pela realidade, tem que tentar ser realista. E uma maneira de fazer isso é colocando temas atuais nas tramas. Uma novela sem gays seria menos realista por isso.

Dito isso, eu vou dizer que ainda vejo um problema na representação deles na TV. Que é a repetição de personagens e tramas. Todos os personagens gays tem que vir acoplados a uma história de homofobia e/ou saída do armário. É como se em todas as novelas o mocinho e a mocinha tivesse exatamente a mesma trama, só apresentada de maneira diferente. É repetitivo e cansativo. Nisso eu entendo haver reclamação. Até por que é como se a novela estivesse dizendo ao público que ele é homofóbico e por isso ela precisa tratar de homofobia. É ofensivo. As novelas já trataram homofobia e armário o bastante para que o público esteja mais esclarecido. Nos EUA, que é um país mais avançado, a TV já mostra gays com naturalidade. Em séries como How to Get Away with Murder e Teen Wolf. Apesar de que, nas novelas, como Days of Our Lives, a trama gay ainda é sobre armário e homofobia. Mas o produto principal lá são as séries, aqui é a novela.

Eu não culpo o público por se cansar de ver sempre a mesma história se repetindo de novo e de novo. Mas as pessoas deveriam ter vergonha de falar certas coisas que elas dizem.

Pensando bem, talvez a novela tenha, sim um problema. Ela pesou um pouco a mão na maldade. Eu digo isso não por mim, por que eu adorei e adoro. Mas sei que a novela não é feita só para mim e não é só a minha opinião que importa. E essa rejeição não pode ser só sobre as lésbicas, por que outras novelas já tocaram no assunto. Eu temo que a novela perca a qualidade para agradar ao público, mas ao mesmo tempo sei que algo tem que mudar, e vai mudar. Por que se o público está se manifestando contra  novela, é por que queria gostar dela. Já é meio caminho andado.

Melhores Jogos de Wii

Publicado: 19 de junho de 2014 em Listas
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Essa é uma lista que eu estou fazendo, então ela vai mudando conforme eu for jogando mais jogos.

Os Melhores do Wii

skywardsword-1The Legend of Zelda – The Skyward Sword: Certamente o melhor jogo de toda a biblioteca do Wii. Mas eu vou começar falando do que ele tem de errado. A velocidade dos textos é muito lenta e apertar botões apressa eles muito pouco, além do fato de que Fi, a companheira do Link nessa aventura, fala muito, fala as coisas mais óbvias e se repete muito. Isso se torna muito irritante, e é um enorme retrocesso em relação a Twilight Princess. Além disso, tem uma parte do jogo que me irrita muito também, que é uma certa luta aérea contra um chefe. Na verdade, voar de pássaro é uma coisa muito chata que existe nesse jogo. Sempre que a Big N inventa de colocar isso nos jogos, se torna algo maçante, seja no Twilight Princess ou no Mario Galaxy 2. Agora os pontos positivos, que são muitos e superam em muito os pontos negativos. O jogo é genial, certamente feito por pessoas que são gênios. Eu não duvido que Eiji Aonuma, o responsável pela série Zelda, esteja num nível superior ao resto da humanidade, pelo menos intelectualmente. Os puzzles são todos muito bem pensados, e há uma grande quantidade deles. Na verdade, todas as partes boas do jogo vem em gigantesca quantidade (e qualidade). Na verdade, o level design é um dos melhores, mesmo dentro da excelência imposta pela própria série Zelda. O jogo traz algumas inovações à franquia, a maior delas sendo o Motion Plus (que é necessário para jogar), que permite jogabilidade 1×1, ou seja, tudo que você faz com a espada é pêgo imediatamente pelo jogo. Isso é utilizado de maneiras criativas e interessantes dentro do jogo. Outra novidade interessantíssima é a barra de stamina, ela incrementa muito o jogo, permitindo adicionar dificuldade, já que o Link se cansa, e também movimentos a la Prince of Persia. Os gráficos estão maravilhosos, e a parte artística visual também brilha muito. Além do mais, são gráficos que não vão envelhecer, devido a uma escolha artística de adicionar um filtro que faz parecer meio que uma pintura e, ainda por cima, disfarça quaisquer defeitos visuais que o jogo tivesse. A trilha sonora é ótima, também, e a qualidade técnica é superior nessa versão, finalmente orquestrada. O jogo também apresenta uma gigantesca variedade de conteúdo, de maneira que é uma das coisas na vida que vale o preço que se paga, e até o ultrapassa. Sério, a quantidade de conteúdo principal já é gigantesca, o jogo é enorme, e ainda tem as sidequests. super-mario-galaxy-2-20090602012052378_640w

Super Mario Galaxy 2: É inegável toda a sua qualidade. Apesar de pra mim ele se parecer muito com uma coletânea de minigames minimamente conectados e não uma experiência coesa de jogatina, em todos os momentos existe a genialidade de Shigeru Miyamoto bem visível.  O jogo é longo, apresenta muitos desafios interessantes, diferentes e geniais, com a jogabilidade galaxy, ou seja, usando a gravidade dos cenários. Os gráficos são alguns dos melhores gráficos do Wii e a sonoridade também é excelente. É o melhor Mario 3D já feito e é tão criativo e realmente impressionante que é difícil de acreditar.

ss-002Pandora’s Tower: Sendo o último jogo lançado da Operation Rainfall, o hack’n slash da Ganbarion parece bastante com um Zelda. Só que ele é mais inovador e isso torna ele bem interessante. A jogabilidade se baseia na Oraclos Chain, e ela é um dispositivo de jogabilidade que utiliza muito bem as capacidades do Wiimote, principalmente o pointer. Você utiliza ela para arrancar coisas dos inimigos, se dependurar pelos cenários e afins. A jogabilidade é bem calibrada e responsiva, e também é rápida e criativa. Os cenários são todos muito interessantes criativa e tecnicamente, já que os gráficos são estonteantes. A ótima sonoridade completa o pacote. Por fim, a maior inovação do jogo é a mecânica do tempo. Enquanto você está nas dungeons há um timer contando e, caso você o exceda, a moça que você está tentando salvar no jogo se torna um monstro e você perde. Eu pensei que havia a possibilidade de esse ser um gimmick falho e irritante, mas não. Funciona maravilhosamente bem, com você abrindo atalhos para sair da dungeon quando preciso. Também ajuda que o jogo é muito competente em te fazer ter compaixão pela donzela. Por fim, não posso deixar de saudar o louvável esforço da Xseed, que foi quem localizou o jogo para a América. A tradução E a dublagem ficaram ótimas. sonic.colors.review.111010-530px

Sonic Colors: Não que seja um jogo excelente nem nada do tipo. Mas ainda assim é o melhor jogo 3D do Sonic desde o Adventure 1 do Dreamcast. Apresentando alguns dos melhores gráficos do Wii, e considerando que a soundtrack de um Sonic nunca decepciona, temos a jogabilidade como algo muito bem feito, principalmente com a adição dos power ups conhecidos como wisps. O único problema que eu tenho com a jogabilidade desse título é que ela é muito desconexa, no sentido de que não há plataformas nas partes 3D e não há correria nas partes 2D. É como se fossem dois jogos diferentes misturados em um. De qualquer forma, o jogo é bastante recomendável. new super mario bros. wii screen 5

New Super Mario Bros. Wii: Um dos melhores jogos do Mario, é uma experiência inacreditavelmente boa. Tanto o excelente multiplayer quanto o ótimo single player funcionam muito bem. E o design das fases é algo que precisa ser visto pra se acreditar, de tão genial. Além de que a responsividade aos comandos torna tudo muito fluido. Os gráficos são ótimos e a sonoridade, embora não tão inspirada quanto em certos outros jogos da série, ainda assim incrementa muito bem o jogo.

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Wii Sports Resort: Nem vou colocar o Wii Sports aqui, considerando que o Resort o tornou obsoleto. Sim, há modalidades que estão presentes nele que o Resort não tem, mas depois de jogar usando o Motion Plus, é impossível querer voltar pro IR (infravermelho, o modo do Remote em motion plus). Além do que, certas modalidades são substitutas, o tênis de mesa, por exemplo, é a mesma coisa do tênis, só que mais objetivo. Enfim, jogar esses esportes 1×1 é incrível, destaque principalmente para o tênis de mesa/ping-pong, e também são ótimos arco-e-flecha e frisbee. Até por que em alguns, como os dois mencionados agora, permitem que dois ou mais jogadores se enfrentem alternadamente, mesmo tendo apenas um joystick. Aliás, eu me pergunto por que os videogames de hoje em dia vem com um só joystick, antigamente sempre vinham com dois. É algo a se pensar. Enfim, WSR é obrigatório a todos os donos de Wii. the-legend-of-zelda-twilight-princess-wii-version-20060607043210896 

The Legend of Zelda – The Twilight Princess: Esse é, para todos os efeitos, um jogo portado do Game Cube. Portanto, em certos aspectos ele não é tão impressionante. Por exemplo, as texturas se repetem muito devido à pequena capacidade de armazenamento dos discos do GC. Enfim, o fato é que eu gosto mais do estilo de gráficos realistas do Twilight do que do estilo artístico empregado em Skyward Sword, que o aproxima mais do cartunesco. Apesar de que o estilo do Skyward leva certas vantagens, já que o estilo realista do Twilight em certos momentos apresenta um visual muito genérico. E mesmo sendo um jogo do Cubo, impressiona muito, como na floresta cheia de vida do princípio do jogo, e vários outros momentos. A trilha sonora é ótima artisticamente, mas peca um pouco na qualidade técnica. Os puzzles são geniais como sempre, e é ótimo jogar como lobo, também. Apesar de que pegar as Tears é um saco (tanto aqui quanto no Skyward, mas elas são mais chatas aqui). Outro aspecto em que ele é melhor do que o Skyward é que o texto não é tão devagr e pode ser apressado e a Midna não é tão óbvia e falastrona quanto a Fi. O jogo é enorme e variado, como sempre, e também muito original. A trama é muito bem apresentada, com as melhores cenas que eu já vi na franquia Zelda; são bem mais cinematográficas do que as dos outros jogos. Mario_Kart_Wii_

Mario Kart Wii: Mesmo quem não gosta de um jogo de corrida (eu na maior parte do tempo) MKW é um jogão. Valores altíssimos de produção e de diversão, muito conteúdo, ótimos gráficos e músicas a parte artística também é matadora. Não tem nada menos do que espetacular a respeito desse título. É um jogo de alto calibre, com muita personalidade e capacidade de encantar. E mais, um jogo de corrida com level design (fantástico, by the way). Mario Kart Wii ainda adicionou bem-vindas novidades à formula de Mario Kart. No caso, agora se pode correr em motos e não mais apenas karts, e também a maravilhosa adição da habilidade divertidíssima de drift (derrapagem). just-dance-3-wii-10

Just Dance 3: Um jogo contagiante de dançar, com coreografias muito divertidas para ser feitas com amigos (ou sozinho) e gráficos vibrantes que te convidam a entrar na dança. O jogo é da Ubisoft, então a parte técnica é um primor. Eu não sei se a leitura dos seus movimentos com o Wiimote é tão precisa, até por que não há suporte ao Motion Plus (nenhum jogo de dança do Wii tem), mas pela minha experiência, a fidelidade não é tão ruim. Ah, a seleção de músicas também é muito boa. resident_evil_remake_poster___the_remake_by_iceweb38-d5fjavm

Resident Evil Archives: Resident Evil 0 e Resident Evil Remake: Ambos são jogos de Game Cube, na verdade, apenas portados para o Wii. Imagino que o motivo disso, mesmo que o Wii tenha retrocompatibilidade, é a dificuldade em encontrar esses jogos em sua versão para o GC e a Capcom querer ganhar dinheiro fácil.Eu agradeço por isso, já que versões posteriores do Wii não tem retrocompatibilidade (meu Wii é um desses) e os jogos são ótimos. A ponto de eu colocar eles entre os melhores do Wii. E eu fiz isso simplesmente por que eles são tão exclusivos das plataformas Nintendo. Enfim, com relação a jogar eles pela combinação Wiimote + Nunchuck, eu acredito que seja quase ideal, e funciona perfeitamente bem, mas o analógico certamente não é a melhor forma de controlar jogos com controle tanque. Um direcional comum seria muito melhor. Felizmente, esses jogos tem suporte ao Classic Controler e ao joystick do Game Cube. São jogos muito bons, com grande esforço colocado em sua confecção pela Capcom, que deveriam ter recebido maior atenção na época em que foram lançados e deveriam receber mais atenção atualmente também. Especialmente o RE0.

Donkey Kong Country Returns: Jogão com jogabilidade 2D e gráficos primorosos e simpáticos, que te coloca em situações criativas e desafiadoras.

Metroid Prime Trilogy: Especialmente o 3 Corruption, que é único dessa coletânea que foi feito já se pensando no Wii Remote, pois o Metroid Prime 1 e o 2 Echoes foram feitos para o Cubo e apenas portados. Mesmo que não é particularmente fã de FPS, como eu, gostará desse jogo, pois ele tem exploração, plataforma, o estilo metroidvania, eles são considerados FPAs (aventura em primeira pessoa).

Super Paper Mario: Jogo muito bacana da subsérie Paper Mario, com uma mecânica super original e bem implementada e, no geral, um jogo com carisma.

Outro jogo que eu preciso jogar mas já posso supor que é um must-have, é Metroid Other M.

Crítica Adiantada – Amor à Vida

Publicado: 31 de janeiro de 2014 em TV Brasileira
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imagesNesse blog eu tento só escrever das coisas que eu gosto. Mas abro aqui uma exceção para entrar na diversão que é falar mal de Amor à Vida. Infelizmente, meu texto não vai ser engraçado, como poderia. Há muitos textos engraçados por aí na net sobre a novela. O que eu procuro com esse texto é destacar os erros que a ficção pode ter e que podem ser evitados.

Amor à Vida tinha ideias e temas muito bons, porém muito mal executados. O texto, os diálogos, por exemplo, era tudo muito didático. Isso é subestimar a inteligência do telespectador. Todas as coisas eram repetidas várias e várias vezes durante o mesmo diálogo. Coisas que aconteceram a um episódio anterior eram relembradas com palavras E flashback. Sim, é tudo muito enfático, sempre com palavras E imagens. Isso é um mau uso da mídia. Se estamos vendo uma obra audiovisual, não podemos deixar isso passar em branco assim. Mostrar imagens do que você está contando com o texto em áudio é redundante. Redundância é cansativo. Do mesmo jeito que você ser obrigado a ver uma cena sempre repetida por vezes incontáveis. Fora que tudo é MUITO explicado. Claramente o autor escreve para pessoas idiotas, ou ele assim o crê.

Outro erro cometido aqui foi o fato de que os personagens não tinham personalidade. Pelo menos não tinham uma personalidade. O Ninho do começou ao fim da novela foi umas quatro pessoas diferentes. O Félix de uma hora pra outra se tornou uma pessoa completamente diferente. E esse não é o principal problema com os personagens. Tem um pior, muito pior, e gravíssimo.

O autor queria fazer alguns personagens serem inteligentes. Mas ao invés de fazer eles serem inteligentes, ele fez todos os personagens em volta deles serem idiotas completos pra esses personagens parecerem inteligentes. Assim, Paloma, César, Bruno, etc. se tornaram uns asnos para que Félix e Aline parecessem inteligentes. Mais do que isso, várias vezes isso também foi reiterado, com personagens falando que o Félix ou que a Aline é esperto. É o contar ao invés de mostrar. E em storytelling é sempre melhor mostrar do que contar. Ainda mais numa obra audiovisual. Principalmente por que os outros personagens foram “emburrados” pra se fingir que um é inteligente.

Também teve muitas situações ridículas. Coisas absurdas, inverossímeis, que não dá pra acreditar. Que abstraem do tom sério da novela. Fazem a novela se passar por ridículo.

Uma coisa em que muito se erra e é claro que nessa se errou também é núcleos secundários que se repetem de novo e de novo e de novo. Que são núcleos cíclicos, repetitivos. E que, além disso, ainda vão terminar do mesmo jeito que começaram. Valdirene, Michel, Perséfone foram personagens que saíam de um ciclo pra entrar em outro. “Zorra Total” total.

E teve tantos personagens que foram abandonados, inúteis, deixados pra lá e depois pêgos de novo, depois abandonados de novo, depois pêgos de novo. Sem sutileza nenhuma.

A falta de sutileza também esteve presente na maneira como a trama foi apresentada. Tudo muito brusco. Do nada coisas eram colocadas na trama, sem ser condizentes com o que foi apresentado antes. Os personagens começavam a dar pistas de algum mistério de uma hora pra outra, por exemplo.

E a enrolação? Tudo na novela era apresentado e demorava semanas e mais semanas pra se desenrolar. Não teve uma coisa, depois da primeira semana, que tenha se resolvido de maneira rápida. Tudo, absolutamente tudo, se esticou. E isso se agrava, quando tudo foi explicado e repetido, reiterado em todos os diálogos e flashbacks. Sério, todos os pontos novos apresentados na trama foram repetidos umas trinta vezes. Não teve nada que tenha sido dito e mostrado só uma vez.

E as mini-“tramas”? O autor colocou tanto merchandising social gratuito na trama, que foi do nada a lugar nenhum, e que foi resolvido bruscamente. Muita encheção de linguiça. Fora que os finais dos personagens mais “célebres” da novela também foi muito brusco e sem sutileza, com os personagens, sem motivo especial nenhum para isso, com uma desculpinha besta, tomando decisões que na novela inteira eles não tomaram. Muito irreal.

E as tramas ridículas? Patrícia, Michel, Guto e Silvia não tinham trama. Só serviam pra fazer sexo e atrair público através de ficarem pelados. Perséfone teve uma trama extensamente ofensiva aos gordos, e era pra ser exatamente o oposto disso. Na verdade, a novela inteira foi uma ofensa. Uma ofensa ao público e uma ofensa à qualidade.

e agora Uma Lista de Dicas de Séries de TV

Publicado: 9 de novembro de 2012 em Séries, Top/Listas

Sem introdução. A lista e considerações:

House MD: Uma série do tipo médico. Embora muito pouco de seu apelo tenha a ver com esse fato (e sim com o médico protagonista nomeado Gregory House). Além disso, também pode ser considerada uma série procedural, apresentando sempre interessantes casos da semana. Felizmente (pelo menos felizmente pra mim), há uma continuidade muito forte, uma trama avançando, que é sobre os personagens, principalmente o House (interpretado brilhantemente por Hugh Laurie). houseO doutor House é um anti-herói, apesar de salvar vidas humanas por ser um gênio da medicina (e só resolve casos estranhos), ele não faz isso por altruísmo e sim por querer resolver os enigmas. Talvez por que, por ele salvar tantas vidas, as pessoas em volta dele aceitam que ele seja como é. Ele é egocêntrico, manipulador e ranzinza (e muito engraçado) e talvez as pessoas em redor dele não recebessem isso muito bem se ele não fosse necessário. Além disso, ele podem entender que o doutor House é um homem destruído em várias camadas. Mas são personagens muito profundos e não estou aqui pra fazer uma análise psicológica e sim indicar a série. O que me fez realmente cair por ela foi a inteligência impregnada ali, em tudo, dos diálogos aos casos baseados em fatos da medicina real. Ela não é só uma série só sobre pessoas inteligentes, mas é uma série inteligente também. Talvez até erudita. Mas tem apelo pop também.

Brothers & Sisters: Uma série muito importante pra mim. As duas primeiras temporadas são perfeitas, e a última (5ª) é horrível (com alguns bons momentos, entretanto). Trata da família Walker (e jantares memoráveis), que depois da morte do homem da casa, o pai William Walker, descobre um monte de segredos, desde que ele tinha uma amante ao fato de que ele cometeu atos ilegais na gestão da Ojai Foods, a empresa da família. Isso agrava os problemas da família, como Justin, o filho que foi para a guerra e depois se tornou viciado em drogas. Sara, a irmã com problemas no casamento. Kevin, o advogado que não consegue se ajeitar em sua vida pessoal e arrumar um namorado. brothers-and-sisters-season-4 Kitty, que tem uma vida amorosa bem complicada e um atrito com a mãe. Tommy, que também vai ter problemas, mas falá-los aqui seria spoilear. E, claro, Nora Walker, interpretada por Sally Field. Ela é apaixonante. E já que eu falei de um dos atores, tenho que dizer que todos são excepcionais. A direção da série também é muito felizarda, por ser bem sensível e realista e conduzir os conflitos de maneira inteligente, sem subestimar a inteligência do telespectador. O mais interessante da série, pra mim, é a dinâmica da família, bem pessoal. Por exemplo, por terem sido criados nessa família enorme, aprenderam a impor suas opiniões por que senão seriam “atropelados” por quem as impusesse. Portanto todos falam o que dá na telha, sem medo de expor suas idéias. E isso é só uma coisa. Incrível. Vá ver.

Revenge: Série que começou relativamente recentemente, no mesmo canal da série acima (ABC), e mesmo tendo começado apenas recentemente sua segunda temporada, já mostrou a que veio. revenge A trama sobre a vingança de Amanda sobre as pessoas que causaram a ruína injusta de seu pai é cheia de reviravoltas bem armadas e jogos de manipulação. Além disso, apresenta alguns dos personagens mais bem construídos de que se tem notícia, todos não são bons nem maus, podem ser capazes da maior gentileza e da mais torpe maldade, desde que fite em seus planos e objetivos. Até mesmo a personagem principal, nossa heroína. E pra dar mais realidade, todos podem voltar atrás em suas idéias, se arrepender, como pode acontecer a qualquer um na vida real. Essa dubiedade e multidimensionalidade acrescenta muito ao universo da série.

Nikita: A série com a trama mais bem escrita que eu já vi (até hoje). Apesar de não ser bem o meu estilo (ação), é uma série com uma história tão bem escrita que definitivamente vale a pena. No começo pode não parecer, mas insista que ela vai melhorando no decorrer dos episódios. Nikita E nem é que o (s) primeiro (s) episódio (s) seja(m) pior(es), é que você vai percebendo as coisas se armando, é uma construção gradual (apesar de nunca deixar a ação de lado). Ainda sobre os parênteses anteriores, a ação é muito bem feita, melhor que em muitos filmes, e tudo é mais realista que a maioria dos filmes e outras séries também. Complementando tudo isso, a Nikita é uma personagem bem construída, que ganha camadas em alguns episódios e que é sensível e forte ao mesmo tempo e realmente consegue nos conquistar por sua personalidade, e não apenas pela beleza estonteante da ótima Magie Q.

Lie to Me: Essa eu só indico a primeira temporada. Foi muito bem construída mais foi se deixando de lado já na segunda temporada, mergulhando em escolhas infelizes e decidindo evoluir os personagens ao invés de ser interessante. Agora eu sou capaz de entender quem gosta desse rumo, mas é mais fácil entender quem desgosta, por que a série ficou muito diferente de si mesma em seus inícios. lie_to_me_wallpaper_1280x1024_3 A primeira temporada apresentou a ciência da série (microexpressões) de uma maneira bem enfática e interessante (uso muito essa palavra, eu sei. Ignore). Também apresentou casos interessantes que saudavelmente variavam bastante do quem matou. E fotos de pessoas famosas pra ilustrar as conclusões do doutor Cal Lightman e sua equipe. As atuações eram muito boas (destaque para Tim Roth) e tudo era de uma grande série, na mesma emissora de House (a Fox) e portanto compreensível. Eu só queria saber o que deu na cabeça dos produtores depois.

Queer as Folk US: Série que acredito eu que só agradará os gays (embora nos EUA tenha feito bastante sucesso com as mulheres maduras também(!)). É uma série sobre um grupo de amigos gays de Pittsburg. Brian-queer-as-folk-63262_1024_768 Uma série sobre relacionamentos (muitos deles sexuais), que por ser de um canal a cabo não economizava em sexo, drogas e rock’n roll e palavrões para mostrar as coisas como elas devem ser mostradas, sem apologias e sem máscaras. Claro que, por tentar chocar demais, acaba havendo alguns exageros, mas é compreensível, os criadores estavam tentando mostrar o mundo gay amplamente pra causar uma revolução (e conseguiram). A série é baseada numa série britânica de mesmo nome (costuma se usar UK para diferenciá-la), mas que durou apenas duas temporadas, enquanto essa americana fez mais sucesso e durou cinco. Acredito que o elenco americano escolhido a dedo fez toda a diferença.

The Vampire Diaries: Série que só recentemente vim a dar uma chance. Não por que eu a subestimasse, é que eu estava tendo muitas outras coisas pra ver, e eu acreditava que a série só ficava boa mais pra frente, então eu ficava com preguiça de passar pelos primeiros episódios. 15.03 - The Vampire Diaries #4 Engano meu. A série é boa desde o começo (embora o primeiro episódio possa dar uma idéia errada e portanto não vale como amostragem). Mas alguns episódios depois começa sua escalada pra se tornar cada vez melhor. O ritmo da série é muito bom (todo mundo sabe disso), a cada episódio acontece não um, mas vários eventos marcantes e que mudam tudo que se sabia. Mas todos são muito coerentes. É um milagre. Um verdadeiro milagre, senhoras e senhores. Mas fica soberba só na segunda temporada, quando Katherine aparece (embora logo ela passa a ser só uma entre um mar de coisas soberbas). As interpretações são boas, alguma delas sendo estupendas (Ian Somerhalder e Nina Dobrev). Os personagens são carismáticos ao extremo. E para os puristas, tem vários toques de terror em seu decorrer, como as seqüencias de abertura dos episódios. Alguns momentos de terror da série são melhores do que a grande maioria dos filmes supostamente de terror. Os vampiros da série são sanguinolentos (mas há outras facetas, tudo é multifacetado na série). Apesar de tecer tantos elogios, aconselho cautela quando chegar nas últimas temporadas. A 5ª é particularmente decepcionante e a 8ª e última também não é das melhores.

Shameless US: Outra série do Showtime (QaF US), portanto sem censura de novo. shameless Nesse caso eu acho que a falta de censura foi melhor utilizada, mas é claro, pelo menos uma década separa as duas séries, é claro que as coisas evoluem. Dessa vez, é sobre uma família disfuncional (de verdade), com um pai bêbado pra dedéu e vários outros pequenos probleminhas enormes. Com bom humor (e drama bem escrito demais!) a série vai retratando a luta dessa família, que faz até o que não deveria fazer pra se manter.

Damages: A série mais cult da lista (e a imediatamente abaixo, mas acho que Damages é mais). Difícil até explicar o motim da trama. 7947 Ellen Parsons é uma advogada que consegue um emprego na firma da litigante Patty Hewes, ela não sabe o que a espera. Dizer qualquer coisa mais do que isso seria spoiler. Exceto que a série apresenta flashforwards e no primeiro momento já vemos Ellen toda ensanguentada saindo de um elevador. Foda. O tema/lema principal da série é falar sobre os danos causados pelos processos judiciais, e geralmente não vão ao tribunal. A parte mais interessante, entretanto, é a relação entre as duas personagens principais (Patty e Ellen), relação essa que só cresce no decorrer da série (não no sentido de se estreitar, mas de se tornar mais complexa). Eu indico ver até a terceira temporada, por que a quarta é irrelevante e a quinta, embora comece bem, finaliza muito mal a série toda (a terceira temporada é um final bem mais digno). Nem preciso dizer que as interpretações são ‘destruidoramente’ boas.

Game of Thrones: Cult e pop ao mesmo tempo, GoT é baseada na série de livros A Song of Ice and Fire do escritor George R.R. Martin, uma série épica que tem feito MUITO sucesso e que é muito comparada ao clássico Senhor dos Anéis do Tolkien em epicidade. Game-of-Thrones1 Todavia, entretanto, porém, a série do Martin, ao contrário da do Tolkien, é para adultos (adults-only), por isso é bem mais complexa em relações e tem bem mais putaria e violência (que a série emula bem). Os livros são gigantescos e é um trabalho avassalador passar pra TV, mas conseguem fazer isso muito bem. Claro, por ser para TV, não dá pra ser grandioso como um filme (digamos, Senhor dos Anéis). Mas é um interessante meio-termo (meio-começo seria mais exato), e a trama é interessante o suficiente pra não precisar dessas pirotecnias.  Pra mim a trama sempre foi boa, mas explodiu de boa na segunda temporada, principalmente com o crescimento do Peter-Dinklage-ico e astuto Tyrion Lannister. Recomento vivamente.

Fringe: Fringe é a melhor série de ficção científica que eu já vi. Principalmente por que há ciência de verdade nela, e o que não é ciência pelo menos tentam explicar de alguma maneira (que constantemente envolve ciência real ou pelo a menção desta). Fringe Os personagens são bacanas, a maneira como a trama se desenrola é uma das melhores entre as séries (quando chega em determinada temporada (pule alguns episódios, tem um guina nesse blog)). Há tramas separadas nos episódios e há a trama da temporada (e há a trama geral da série) e tudo é feito magistralmente. Isso sem contar os efeitos especiais sendo um ponto positivo e não algo pelo qual você deve passar pra chegar à parte boa, eles fazem parte das qualidades da série.

Liar Game: Uma série diferente na lista. Até o ponto em que não pode ser chamada de série. liargame1 É um drama/j-drama/dorama, ou seja uma série japonesa/nipônica. Baseada em um inteligente mangá de mesmo nome. É muito inteligente e inteligentemente desenvolvida. Apresenta viradas interessantes e, apesar dos exageros comuns nas coisas japonesas em geral, se mostra bem pé no chão.

Dollhouse_(Fox_TV_Series),_2009,_Eliza_Dushku,_Harry_Lennix,_Fran_KranzDollhouse: Injustiçadíssima série de sci-fi do Joss Whedon, exibida pela Fox e que conta com apenas duas temporadas muito boas. Nela, uma organização contrata pessoas para, por cinco anos, terem sua mente apagada e servirem como ‘dolls’, tendo implantadas em suas mentes personalidades para serviços específicos. É um conceito muito simples, mas aparentemente difícil de explicar, pois não acho que o fiz bem. A trama muitas vezes é apenas caso-da-semana, mas os casos da semana são interessantíssimos e, quando a trama principal anda, é maravilhoso de ver. Também ressalto que ela teve um fim muito digno e por isso a considero uma série sem derrapadas. Indispensável.

origiThe Originals: Simplesmente a melhor série de vampiros ever (True Blood era horrível, nem vem). Ela é um spin-off de Vampire Diaries, mas acredito que mesmo quem não tenha gostado de TVD tem tudo pra gostar de Originals. A principal diferença dela para sua série-mãe é que ela é mais madura, seus personagens principais não são adolescentes. Ela se passar na não-fictícia e muito interessante cidade de Nova Orleans acrescenta muito também. A série é muito agitada, muitas tramas paralelas interconectadas ocorrendo ao mesmo tempo, uma mitologia excelente e personagens grandiosos. Há nela um quê de Game of Thrones (muitas séries tem adicionado game-of-thronismo em si ultimamente), com toda a coisa da guerra pra liderar a comunidade sobrenatural de New Orleans.

Há outras ótimas séries, mas que não vou colocar na lista por serem muito procedurais, que é um gênero que eu não gosto muito e até considero menos valorosas por isso, confesso. Tem CSI Crime Scene Investigation, a CSI original (Las Vegas), que é muito boa e justifica com qualidade o fato de ter se tornado uma série tão influente entre as séries policiais. Mas a melhor série policial é, para mim, Criminal Minds, que é muito inteligente, bem escrita, acrescenta altas doses de tensão e terror e entra a fundo na psicologia humana de assassinos e criminosos em série, com personanges muito bons para completar.

Dicas de HQs Para Ler

Publicado: 6 de novembro de 2012 em hq, Listas

Seguindo a (minha) onda de listas de dicas de coisas (LdDdC para os mais sem noção íntimos), aqui vai uma lista de HQs que se Seu Ladir entrasse em mim diria que são “mara!!!”. Seu Ladir entrasse em mim” tem duplo sentido. Ignorem.

X-Men: Os gibis dos mutantes são difíceis de ler, com uma continuidade extensa e confusa sempre referenciada nas histórias. Dito isso, existem alguns bons momentos em que se pode começar a ler gibis. Um bom ponto de entrada para qualquer história em quadrinhos é começar por um evento, pois eventos costumam terminar edições anteriores, iniciar edições novas feitas para serem pontos iniciais. Dito isto, o primeiro bom ponto inicial que posso indicar para histórias mais recentes dos X-Men (não suporto artes antigas, desculpe) é Novos X-Men (2001), escrita pelo Grant Morrison em 2001. Este autor e essas edições dos X-Men são extremamente aclamados. Não gostei tanto, mas concordo que são excelentes. Depois que o Morrison saiu da revista, os X-Men passaram por uma reformulação chamada ReLoad. Então depois de terminar Novos X-Men você pode começar os Surpreendentes X-Men (2004) do Joss Whedon (aquele mesmo que dirigiu o filme dos Vingadores). Essa run é excelente e eu adorei. Ela também pode ser lida sozinha, já que tem pouca ligação com os outros eventos acontecendo no universo mutante à época. Na verdade, toda a duração dessa edição dos Supreendentes X-Men é assim, mesmo com os escritores que substituíram o Whedon depois que ele saiu. E é toda indicada. Ao mesmo tempo em que estava saindo essa revista, também começou a sair o segundo volume de Novos X-Men, de 2003. Essa não achei tão legal. Quanto a Fabulosos X-Men, uma revista que existia desde 1963, a fase que corresponde a essa era começa na edição 444. Depois dessa época veio o evento Dinastia M, que foi muito importante na história dos heróis e iniciou a era Dizimação. A Dinastia M é outro bom ponto de entrada para os gibis dos X-Men. Depois de ler Dinastia M e o one-shot O Dia Depois, você pode ler também a mini-série Gênese Mortal e o one-shot Espécie em Extinção. E os gibis que se iniciam após a Dinastia M são a continuação do gibi simplesmente chamado X-Men (1991), a partir do número 188, escrito pelo incrível Mike Carey, e Fabulosos X-Men a partir da edição 467. Também vale mencionar nessa era Dizimação a segunda parte do segundo volume de Novos X-Men, a partir da edição 20 com mudança de escritor para o excelente duo Chris Yost e Craig Kyle. Ao contrário da primeira parte, essa segunda é excelente. Se iniciou também o gibi X-Factor (2006), excelentemente escrito pelo Peter David. Por aqui você pode ler também Guerra Civil: X-Men, que é uma história interessante. O próximo evento a ocorrer no universo não é um ponto de entrada tão bom, pois é bastante dependente da Dinastia M e se chama Complexo de Messias. Este evento envolveu todos os títulos dos X-Men na época (com possível exceção dos Surpreendentes X-Men) então se você estiver lendo Novos X-Men v2, X-Men ou Fabulosos X-Men, você encontrará o fio da meada dele. Desse evento saíram novas revistas, uma iteração muito boa da X-Force (2006) escrita pelo duo Kyle e Yost. E também houve um título excelente do Cable (2008) nessa época, escrito pelo autor Duane Swierczynski. Inclusive esses dois títulos, Cable e X-Force, tiveram um pequeno evento crossover nessa época chamado Guerra do Messias. É a segunda parte de um trio de eventos conhecido como Trilogia do Messias. E também começou nessa época a decente Jovens X-Men.  O branding que os títulos receberam depois do Complexo do Messias foi Divididos. O gibi X-Men do Mike Carey foi renomeado para X-Men Legacy.  Depois do branding Divididos teve a era Destino Manifesto, em que os X-Men mudaram sua sede para São Francisco. Nessa época também teve o gibi Novos Mutantes (2009) escrito pelo Zeb Wells, que é muito bom. Você pode começar a ler esse gibi imediatamente ou ler Jovens X-Men e depois X-Infernus, que se passam antes dos Novos Mutantes. Então teve o evento de médio porte chamado Utopia, que se deu principalmente em Fabulosos X-Men mas também em Legacy. De Utopia nasceu o branding Nação X. E então veio o terceiro e último evento da Trilogia do Messias, chamado Segundo Advento. Depois do segundo Advento, o título novato de maior destaque é Fabulosa X-Force (2010) do Rick Remender, continuação do título anterior e a era mais aclamada do time.  O próximo evento é chamado Cisma, e é sobre uma divergência de opiniões entre o Wolverine e o Ciclope. Depois da cisma, leia o one-shot Regênese. Depois da Cisma, nasce o título Wolverine e os X-Men (2011), uma revista mais leve escrita pelo Jason Aaron. A leveza não dura muito, entretanto, pois o próximo evento é uma guerra entre dois times de peso, Vingadores vs. X-Men. Depois de ler essa saga, que termina uma era de X-Men que se iniciou em Dinastia M, leia Vingadores vs. X-Men: Consequências e então pode-se começar Novíssimos X-Men (2012), de Brian Michael Bendis. Essa revista é, também, um bom ponto de entrada, pode ser lida sem precisar ler o que veio antes. Ela não é tão boa, mas é um bom guilty pleasure e como tal é viciante. Ela acontece simultaneamente aos Fabulosos X-Men volume 2, também do Bendis. No meio dessas revistas acontece o mini-evento Batalha do Átomo e o evento menor ainda O Último Desejo e o Testamento de Charles Xavier. A Batalha do Átomo levou ainda ao lançamento da revista Incríveis X-Men (2013), que também é interessante. Depois das sagas do Bendis, tem o Novíssimos X-Men volume 2 e os Fabulosos X-Men volume 3 escrito pelo Cullen Bunn. Aqui a graça começa a decair e não recomendo seguir. O Cullen Bunn, por exemplo, é um bom escritor, mas acabou sendo envolvido nas chatices que estavam acontecendo com os X-Men naquela época. Não li nada dessa época, apenas sei do que se trata e a ordem a ser seguida, caso alguém queira ler. Essa era culmina no evento Inumanos vs. X-Men, que dá origem ao branding Ressurxion. A primeira coisa a ler depois de IvX é o one-shot X-Men Prime. Essa época consiste dos títulos X-Men Azul, X-Men Dourados, X-Men Vermelhos e Fabulosos X-Men volume 4. Desses, o único que vale a pena na minha opinião é Vermelhos do Tom Taylor. Essa era termina com o evento Extermínio. Esse evento vem finalmente colocar os X-Men originais, que haviam sido trazidos do passado para o presente no começo de Novíssimos X-Men, de volta no seu lugar, algo que devia ter acontecido no fim da run do Bendis a meu ver. Depois de Extermínio a única revista dos mutantes que resta é um novo volume de Fabulosos X-Men. Essa série teve fim com o evento Era do X-Man. Por fim, o suplício dos mutantes termina com a chegada do escritor Jonathan Hickman, com um evento consistindo nas revistas Poderes do X e Dinastia X. E aqui os X-Men sofrem mudanças radicais. É um bom ponto de entrada para novos leitores e é o momento atual em que estamos. Esse evento deu origem ao branding Alvorecer do X, e várias revistas saíram, duas delas escritas pelo Hickman, uma chamada simplesmente X-Men (2019) e a outra dos Novos Mutantes (2019). Indico, também, dessa leva, Marauders e Anjos Caídos.

Outros gibis dos X-Men que valem a pena são X-Men Grand Design, uma recontagem de eventos importantes da história do grupo. Outra recontagem pode ser lida em X-Men Season One. 

Planetary: Uma série de HQs que tem como tema os arqueólogos do desconhecido. E recebe muito menos atenção do que deveria, vide que é tão bem escrita, desenhada e surpreendente. [Wildstorm]

Transmetropolitan: Ela é desse estilo de obra sem censura, sabe? E trata de um futuro distópico e louco em que você acompanha um personagem (distópico e) louco que é um repórter investigativo. E ainda uma visão de futuro muito interessante. [Wildstorm]

*The Authority: Maior representante dos quadrinhos chamados widescreen. É sobre heróis que não tem muitos limites para o que fazem. Acompanhando a falta de limite de seus mocinhos, as HQs também são totalmente irrestritas, com relação a temas, assuntos e escopo. [Wildstorm]

Red Hood – Lost Days: Capuz Vermelho Dias Perdidos. Uma mini que conta como o ex-Robin Jason Todd se tornou no novo Red Hood (Capuz Vermelho), na época em que *spoiler* Batman é dado como morto. */spoiler* Tie-in de Batalha Pelo Manto. Outra revista a ser lida com o Capuz Vermelho é a que se iniciou em 2016, escrita pelo Scott Lobdell, chamada Capuz Vermelho e os Foras-da-Lei. [DC Comics]

Huntress: As histórias da Caçadora Helena Bertinelli são cheias de estilo e graça e elegância.  Ela tem duas HQs que conheço, a Ano Um  dela e uma mini nos Novos 52.[DC Comics]

*Manhunter: A Justiceira Kate Spencer é uma heroína bem mais interessante do que o normal e sua bem fechada história é original ao extremo dentro do mercado de quadrinhos americano. [DC Comics]

*Young Avengers: Jovens Vingadores. Que a Marvel é craque em personagens adolescentes, todo mundo sabe. Mas escrita por Allan Heinberg, YA é uma HQ ainda melhor escrita dentro desse contexto. A segunda edição, escrita por Kieron Gillen também é ótima. [Marvel]

New Avengers: Os Novos Vingadores são bem mais interessantes do que a equipe original e isso eleva muito o valor e o teor das histórias. [Marvel] Caso você seja um aficionado por linha do tempo e cânon como eu, vai se interessar pela posição que essa run tem na história dos vingadores. A trama é auto-suficiente e pode ser lida sem se importar com o que veio antes, mas caso queira saber, ela acontece depois da trama Vingadores: A Queda, que acontece na revista Vingadores do número 500 ao 503. Depois disso veio o one-shot Vingadores FinaleDepois disso, leia Guerra Secreta (2004), depois Dinastia M e então começa Novos Vingadores (2005). Durante essa série acontecem vários eventos impactantes e interessantes como a Guerra Civil, a Invasão Secreta e o Cerco. Inclusive, depois da Invasão Secreta, durante o branding Reino Sombrio, saíram várias revistas interessantes, como Wolverine Sombrio, Vingadores Sombrios, Guerreiros Secretos (2009) Justiceiro (2009) do Rick Remender e Deadpool do Daniel Way (2008). À época do Reino Sombrio também se inicia o Quarteto Fantástico do Jonathan Hickman, na edição 570. Novos Vingadores termina logo após O Cerco, então leia Novos Vingadores Finale. Uma leitura complementar a essa revista é Novos Vingadores Illuminati, que tem um one-shot de 2006 e uma mini-série em cinco edições de 2007.

Além disso, várias outras revistas interessantes se dão nessa era, Thor do J. Michael Straczynski, por exemplo (leia Thor A Queda em Thor (1998) 80~85, depois Guerra Civil, depois pode começar Thor (2007)); Incrível Homem-Aranha do Dan Slott (546~) começa depois da Guerra Civil; Capitão America (2005) do Ed Brubaker também começa depois da Guerra Civil; o Invencível Homem de Ferro (2005) do Warren Ellis começa depois da Dinastia M; Jovens Vingadores (2005) também tem início depois da Dinastia M; e o Incrível Hulk (2006) do Greg Pak começa depois dos Novos Vingadores Illuminati one-shot de 2006; o Justiceiro MAX do Garth Ennis saiu de 2004 a 2009; e o Demolidor do Ed Brubaker (1998, 88~). Com relação a esse último, a run do Bendis que precede a do Brubaker é mais aclamada, mas não gosto da arte. Por fim, depois do Cerco se iniciou a Era Heróica, com gibis como Vingadores Secretos e Viúva Negra, ambos de 2010.

*Daken -Wolverine Sombrio: Quando o Wolverine é dado como morto, Daken, filho deste, se une à equipe Vingadores Sombrios, de Norman Osborn. Muito boa essa história. [Marvel] Começa depois da Guerra Secreta, durante o Reinado Sombrio. Leia primeiro Wolverine Sombrio, depois você pode ler O Cerco, depois o arco de história Wolverine Vai Para o Inferno e então começa Daken: Wolverine Sombrio.

Terra Um: Terra Um é um subtítulo utilizado pela DC Comics para histórias de origem, e todas elas acabam sendo muito boas. Eu aconselho Batman: Terra Um e Superman: Terra Um. [DC Comics]

Batman: Ano Um: A história de origem do Batman por excelência, tem até um (ótimo) filme em animação. [DC Comics] Para o Batman, ainda existem outros bons pontos de entrada para começar a lê-lo. O mais interessante para mim é duplo. Você pode começar a ler através do evento chamado Cataclisma, ou do evento chamado Terra de Ninguém, que é excelente e é consequência do cataclisma.

Red Robin: Robin Vermelho. Uma mini situada na mesma época de spoiler que o Capuz Vermelho Dias Perdidos, apresentando o atlético herói Red Robin em momentos interessantíssimos de sua história. E é um tie-in de Batman R.I.P..[DC Comics]

*Universo DC – Legados: Uma série muito bacana de histórias, que todo leitor de HQs (principalmente da DC) tem que conhecer, contando desde as primeiras eras de seus quadrinhos. Apesar de essa história já ter sido rebootada, invalidada portanto, ainda assim vale a pena ler. [DC Comics]

Morte da Família: Uma das sagas mais atuais do Batman, a reinserção do Coringa depois do reboot (New 52. Flashpoint). E ele voltou com tudo, realmente louco e com uma qualidade absurda! [DC COmics]

Lanternas Verdes: Uma saga heróica espacial muito boa (e épica). Tudo começa com Crepúsculo Esmeralda (Emerald Twilight). E então Day of VengeanceLanterna Verde Renascimento (fazem parte da saga Crise Infinita).  E então tem várias sagas , começando pela War of Light, depois Sinestro Corps War, Blackest Night, Brightest Day e War of the Green Laterns. E as sagas se estendem até hoje, com Revolt of the Alpha Lanterns, Rise of the Third Army Wrath of the First Lantern. Ufa! Muita coisa pra ler. As sagas mais atuais pra mim são o mais indicado, ou seja a partir da Guerra de Luz. A Guerra de Luz se iniciou na revista do Lanterna Verde de 2005 (v4) e dos Green Lantern Corps (Tropa dos Lanternas Verdes) de 2006.Os nomes das sagas que eu citei acima em PT-BR: Noite Mais Densa, Dia Mais Claro, Guerra dos Lanternas Verdes, Ascenção da Terceira Armada, Revolta da Tropa Alfa e Fúria do Primeiro lanterna. [DC Comics]

A Batalha Pelo Manto: O que acontece quando o Batman some, dado como morto. Gotham se torna um caos por causa disso e o trabalho recai sobre a bat-família. [DC COmics]

R.E.B.E.LS.: Excelente ópera espacial escrita por Tony Bedard em 2009, tendo como personagens principais Vril Dox e sua Legião.

Exterminador (2016): Excelente série em cerca de 50 edições escrita pelo Christopher Priest sobre o mercenário da DC Comics. Vale muito a pena.

LJA vs Vingadores: Uma saga que me surpreendeu positivamente, por sua relevância e por ser uma boa leitura. Geralmente quando as empresas fazem (faziam?) crossovers, não ficava lá essas coisas. Mas esse fugiu à regra e é uma leitura muito agradável. [Marvel & DC Comics]

Grayson: Escrito por Tom King e Tim Seeley, é um gibi de espionagem contendo o Dick Grayson, ex-Robin e ex-Asa Noturna, atual agente da Spyral. Essa série começou depois do evento Mal Eterno (no fim desse evento a identidade secreta do Asa Noturna é revelada ao mundo).

E por falar em Mal Eterno, esse evento acontece durante o branding Novos 52, que aconteceu nos gibis após o evento Ponto de Ignição. Esse evento foi um reboot na linha do tempo da editora e é um bom ponto de entrada para novos leitores. Todas as revistas reverteram para numeração 1 em 2011. Nessa era os destaques foram Batman do Scott Snyder, Cavaleiros do Demônio, Bandoleiro, e Liga da Justiça e Aquaman do Geoff Johns. A Caçadora também teve uma mini interessante nessa era. Os eventos Mal Eterno e Fim dos Futuros ( esse com final inconclusivo) acontecem nessa era também. Depois dos Novos 52, a DC veio com o branding DC You, época em que foram lançadas revistas como Meia-Noite. Em 2016 veio o one-shot DC Renascimento e o branding de mesmo nome, com muitas revistas interessantes. É novamente um bom ponto de entrada, com destaques como Batman do Tom King, Exterminador do Christopher Priest, Mulher Maravilha do Greg Rucka, Lanternas Verdes do Sam Humphries, Arqueiro Verde do Ben Percy, Capuz Vermelho e os Foras-da-Lei do Scott Lobdell. Mais para frente, saíram também títulos ótimos como Liga da Justiça da América do Steve Orlando (que acontece depois do evento Liga da Justiça vs. Esquadrão Suicida) e Gavião Negro do Robert Venditti.

Meia-Noite (2015): Escrita por Steve Orlando, é uma série muito interessante, intrigante e única sobre o anti-herói gay, membro do The Authority e namorado do Apollo. A revista começou durante o branding DC You que aconteceu entre a era Novos 52 e a era Renascimento. A trama é continuada pela mini Meia-Noite e Apollo (2016) Curiosamente, o Meia-Noite teve outra revista solo anterior à de 2015, esta lançada pela defunta editora Wildstorm, que se iniciou em 2007.

Cavaleiro da Lua (2014): Revista standalone para o anti-herói esquisitão da Marvel. Escrita primeiramente pelo incrível Warren Ellis.

Crise Infinita: DC Comics em 2005. Um emaranhado de sagas e runs, muitos dos quais vale a pena ler. Tudo gira em volta da Crise Infinita. Mas antes de ler ela, você primeiro lê os one-shots Contagem para a Crise Infinita e DC Especial O Retorno de Donna Troy, depois Adam Strange, Crise de Identidade, Vilões Unidos, O Projeto OMAC e Dia da Vingança, depois Guera Rann/Thannar, a trama Crise de Consciência da LJA, Checkmate, Sexteto Secreto e Pacto Sombrio, depois Ion. Na verdade, você pode ler Ion, Checkmate, Sexteto Secreto e Pacto Sombrio junto à Crise Infinita, já que estes são runs, Sexteto Secreto saiu de Vilões Unidos, Pacto Sombrio de Dia de Vingança, Checkmate de Projeto OMAC e Ion de Guerra Rann/Thanagar. Depois da crise infinita, há as revistas Consequências focadas em Bludhaven e no Espectro. E também a Liga da Justiça da América (2006) e a maxi-série 52, que é excelente e vale a pena ser lida. Também se inicia nessa era o branding Um Ano Depois em todas as revistas.

Dicas de Séries Animadas para Assistir

Publicado: 25 de outubro de 2012 em Animês, Séries, Top/Listas
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Correndo o risco de parecer convencido, ele é eu gostaria de usar esse blog nesse momento para indicar algumas deixa eu adivinhar? séries  séries  animadas animadas eu disse! redundante da porra! que eu acho muito boas e eu gosto de pênis? se mostrar? cantar Calypso? ajudar as pessoas a encontrar certas pérolas, eu decidi descer do seu pedestal e nos iluminar com sua sabedoria, ó senhor? criar esse post. E sem mais delongas  e bizarrices bipolares, vamos à lista: idiota

young-justice*Young Justice (Justiça Jovem): Série animada dos sidekicks da DC Comics, muito boa por sinal. Apresentando uma jovem liga de super heróis, mas muitas ligações com seus correspondentes adultos. A trama é muito intrigante, as cenas de ação são arrasadoras e definitivamente vale muito a pena. DC Animation, também… sempre apresenta muita qualidade.



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justice_league*Justice League e *Justice League: Unlimited: A série animada da Liga da  Justiça, aclamadíssima, espetacularmente escrita e dirigida, obrigatória. Sem mais.



 Zeta_Project_CartoonProjeto Zeta: Outra série do antigo Universo Animado DC (DCAU), conta uma história de um robô criado para matar chamado Zeta que se une a uma jovem moça. Ele não queria mais matar, mas passa a ser perseguido por que ninguém acredita nele. Acham que ele foi reprogramado por alguém. Então ele sai em busca de seu criador e de provas de que ele desenvolveu uma consciência.



Avatar-The-Legend-Of-Aang-PS2[1] NICKELODEON THE LAST AIRBENDERAvatar: A Lenda de Aang e Avatar: A Lenda de Korra: O mundo apresentado  em Avatar é um mundo que, por si só, já é motivo de ele estar na lista. A animação fluida é só mais um motivo. E a trama interessante é ainda outra.



105_655273f_deathnote43m_6e7c011*Death Note: O anime que, já resenhado aqui num dos primeiros posts do blog, conta a história do jovem Light Yagami. Ele encontra um caderno em que quem tiver seu nome escrito, morre. E ele decide mudar o mundo matando os criminosos, só que as coisas começam a dar errado quando o maior detetive do mundo sai em seu encalço. Uma trama de suspense muito boa.



eclipse-fullmetal-alchemist-brotherhood-02-xvid-3d3d891101718519-42-22*Fullmetal Alchemist: Bortherhood: Num mundo em que alquimia é um fato, uma magia em que tudo pode ser conseguido se algo de igual valor for dado em troca, os irmãos Edward e Alphose Elric tentam fazer uma transmutação humana em sua mãe (ressuscitá-la). Nisso, as duas crianças perdem partes de seus corpos, Ed perde um braço e Al perde o corpo todo. Para salvar o irmão, Ed sacrifica uma perna para prender a alma dele a uma armadura que estava ali por perto. Alguns anos depois, quando Ed passou a usar automails (partes do corpo biônicas), ambos partem em uma busca por um objeto chamado Pedra Filosofal, que os permitirá retornar a seus corpos. Um anime muito bom de luta.



super2 Legion of Super Heroes: Mesmo sendo um pouco infantil, as ligações com a linha de heróis da editora DC dão muito valor ao produto. Adiciona-se a isso cenas de ação supremas também, e temos uma animação que vale a pena, principalmente para as crianças (que creio serem o público-alvo mesmo). A trama é sobre o futuro do Universo DC, mais especificamente o século 31, e a organização de heróis que dá nome ao cartoon.



x-men-evolution X-Men: Evolution: Muitos fãs torcem a cara para essa animação ao saberem que se trata da juventude dos X-Men, e perdem muito por que é muito bem escrito e um ótimo desenho de super heróis.



0fd_ecdcd675b3*Spiderman: The Animated Series: O melhor desenho de super heróis da Marvel (ainda não tão bom quanto nenhum da DC), apresenta muitas coisas do gibi em formato televisivo com qualidade muito alta, tanto que durou várias temporadas.



Green-Lantern-The-Animated-Series Green Lantern: The Animated Series: Essa eu tinha um pé atrás antes de assistir, pelo tipo da animação (3D). Mas me surpreendi (muito) positivamente. Definitivamente uma das melhores.



star-wars-the-clone-wars-obi-wan-kenobi Star Wars: The Clone Wars: Eu (ainda?) não sou um fã de Star Wars, mas com uma animação tão bom a e bem escrita, nem precisa ser pra gostar.



batman-beyond*Batman Beyond/Batman of the Future: Animação do Batman do Futuro, apresenta, numa visão de futuro muito interessante, seus textos ricos e complexos.



cast Batman: The Brave and the Bold: Sempre trazendo participações especiais de outros heróis, B&B sempre manteve as características principais de todos que eram ap-resentados e em histórias muito boas de se ver.



*Code GeassCode Geass R2: O anime conta a história de Lelouch, que ganha um poder que permite que ele mande qualquer pessoas fazer qualquer coisa (mas tem outras regras). Com esse controle absoluto, ele decide libertar seu país (o Japão) que está sendo controlado pelo império da Britannia. Isso por que se passa num futuro hipotético. A trama é muito boa e cheia de reviravoltas e surpresas bem construídas, principalmente na segunda temporada (R2).



PSYCHO-PASS.full.1310887Psycho-Pass: No futuro, os policiais usam uma arma denominada Dominator, capaz de ler na mente das pessoas a predisposição deles para crimes e, assim, crimes são evitados antes mesmo de acontecerem. Mas… bem, acho que é só isso que eu posso contar dessa incrível trama de sci-fi, só adianto que tem um “mas”. Um grande “mas”.



Outras séries: Teen Titans; Static Shock; Himitsu – The Revelation.

Filmes em Animação: Batman- Year One; Batman- Under the Red Hood; Batman- The Dark Knight Returns Part 1 e Part 2; All-Star Superman; Batman Beyond/Batman of the Future; Resident Evil- Degeneration e Damnation; Final Fantasy 7- Advent Children; Wonder Woman; Rebuild of Evangelion 1, 2, 3 e 4; Justice League – Doom; Justice League – Crisis on two Earths.

P.S.: Eu não pretendo deixar de atualizar esta lista, portanto assim que eu conhecer mais coisas pra colocar nela, estar atualizando.

Vadia do inferno! Quem pediu sua opinião?!

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*spoilers*

Avenida Brasil foi uma novela que em partes era absolutamente incrível, podendo ser considerada a melhor novela de todos os tempos. E em outras partes era horrível, podendo ser considerada nível-Fina-Estampa (muito baixo btw). A trama de vingança de JEC apresentou um texto muito bem escrito e até ousado às vezes, que priorizava personagens e drama. A trama principal é o que se pode chamar de sem falhas. E eu fico impressionado com o fato de que o João Emanuel Carneiro não poupou os atores, ele colocava ali arriscando mesmo, cenas dificílimas de serem feitas. Eu fico imaginando o misto de desespero com excitação que os atores sentiam ao ler o que tinham que interpretar (principalmente a Adriana Esteves). Digo, devia dar um friozinho na barriga, mas todos se saíram incrivelmente bem e acabaram adicionando ainda mais profundidade pra esses personagens já tão profundos por natureza (por escrita).

A novela começou com um primeiro capítulo avassalador de bom. Depois deu uma caída, claro, pra introduzir todos os conflitos com calma (mas ritmo). E então já começou um momento muito bom quando a Carminha se atuo-seqüestrou (e acabou sendo seqüestrada de verdade!). Ali a novela já começou a mostrar a que veio. Mas o nível subiu mesmo quando as coisas começaram a ser reveladas, quando a Carminha descobriu que a Nina era a Rita. Aí pegou fogo e não parou mais. nos últimos capítulos, a coisa foi estupenda. Uma novela cheia de cenas memoráveis e que, a despeito de todas as pontas soltas supostamente apontadas por internautas por aí (pen drive), eu não vi nenhuma. Achei bastante coesa.

A trilha sonora foi outro dos pontos fortes. Não que as musicas sejam boas por si só, mas elas fitam completamente com as cenas bregas. Não no sentido pejorativo, as cenas não são bregas, são sobre breguice. Mas de uma maneira superficial, sendo somente um detalhe para dar realismo (e atrair a nova classe C).

Agora vamos falar um pouco das falhas. Primeiramente os núcleos coadjuvantes. Eles começaram muito bons, com um bom tempo de cena (isso acabou sendo ruim), e sendo melhores do que os de A Favorita. Mas o autor pareceu ter preguiça de escrever pra eles, e eles só rodaram em círculos do começo ao fim da novela. Acabaram sendo bem piores do que os bem-fechados de A Favorita. Claro, tem que se levar em consideração que, se ele tivesse focado neles também, talvez ele não tivesse capacidade de fazê-los ser realmente histórias e ainda ter um núcleo principal tão bom. Sugiro que ele na próxima novela não tenha coadjuvantes. Seria melhor. Seria possível? Não sei.

Suellen era uma personagem muito boa, e ousada. Depois se juntou ao Leandro e ao Roni e tudo se tornou um imbróglio insuportável. Que, aliás, não foi uma trama. Foi um retalho de insinuações contraditórias do começo ao fim. Um retalho completamente vago e covarde. Outra trama que andou em círculos, mas foi menos covarde, foi a do Cadinho. O autor realmente contou uma história ali, mas uma história parada, que tentava ser engraçada e raramente conseguia, machista. E, pior, completamente previsível. E que terminou exatamente do mesmo jeito que começou, assim como passou a novela inteira se repetindo. Chato.

Outra falha foi a grande queda de ritmo depois da morte do Max, e o “quem matou?”. Felizmente logo a trama se recuperou e terminou com um sequestro que, para minha surpresa, não foi cliché.

A direção foi soberba, com cenas de um suspensa cinematográfico e impecável. Todos os aspectos técnicos foram muito bem trabalhados.

Voltando à trama, a novela não parou do começo ao fim (no núcleo central), cheia de ganchos e grandes momentos com grandes atuações. E que personagens! Personagens capazes de fazer você pensar, estudá-los e entendê-los. E eles ainda te surpreendem!

Teço todos os elogios à condução da trama principal e todos os impropérios para as tramas secundárias.

E o final da trama foi espetacularmente bom, um dos melhores (talvez o melhor) final de novela de todos os tempos.

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